Goiás

Localização: Goiás
Período de restauração: Janeiro/2002 e fevereiro/2002
Proteções existentes: Federal – Nº Processo:0345-T-42, Inscrição nº 073, Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, 18 de setembro de 1978. Monumento incluído na Lista do Patrimônio Mundial.
Obras: Salvamento Emergencial
Contratante: IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Superintendência de Goiás

História da Cidade

Em 1722, o filho de Bartolomeu Bueno, seguindo os passos do pai, adentra o sertão em busca de fontes auríferas. Quatro anos depois, comanda uma nova bandeira para o interior, fundando vários arraiais, entre os quais o da Barra, o do Ferreiro, o do Ouro Fino e o de Sant’Anna (1727), que viria ser a Cidade de Goiás.

Abrindo caminhos e rechaçando índios, os desbravadores povoam uma imensa área, onde a atividade mineradora irá absorver todos os braços livres ou escravos. Resultam daí padrões arquitetônicos rústicos e percursos urbanos definidos em função do garimpo, da topografia e do caudal do rio. A delimitação dos primeiros lotes se dá a partir das datas minerais, concedidas aos mineradores e definidas pelos quintais que confrontam o rio.

Em 1729, é erigido o primeiro edifício religioso do arraial, a Capela de Sant’Anna. Pouco tempo depois, é construída pelos negros a Igreja de Nossa Senhora do Rosário (1734), marcando-se o primeiro momento da estratificação social, vez que a Matriz é frequentada por brancos, ficando a Igreja do Rosário para o culto dos negros e mulatos.

Embora resultasse impossível barrar os contatos entre Goiás e a bacia do São Francisco, advém uma fase de estabilização da atividade mineratória e a implantação de sistemas de exploração aurífera mais estáveis e eficazes. Impõe-se, então, a definição de um núcleo urbano, com condições mínimas para o abrigo da administração das Minas dos Goyazes. A Carta Régia de Goiás de 11 de fevereiro de 1736 se constitui, então, no documento que pretende ordenar a nova sede da superintendência.

Com a vinda do Governador da Capitania de São Paulo foi necessário escolher, entre Sant’Anna e Meia-Ponte, o sítio mais adequado para a fixação da nova capital da comarca. A escolha recai sobre o Arraial de Sant’Anna que, elevado à categoria de vila, passa a se chamar Vila Boa dos Goyazes, por um lado, em obséquio a seu descobridor Bartolomeu Bueno e, por outro, em alusão aos índios Goyazes que habitavam o lugar.

Nessa época, a persistência do contrabando do ouro e das lutas internas pelo poder leva o governo de São Paulo a solicitar, junto à coroa, a criação da Capitania de Goiás. Com o atendimento da reivindicação (1749), a situação nas minas se acalma, o contrabando decai e assiste-se ao apogeu do ouro goiano.

Fazem-se erigir vários de seus mais importantes edifícios: o Palácio Conde dos Arcos (1751), o Quartel da Tropa de Linha (1751), a Casa de Fundição do Ouro (1750), a primeira Casa de Câmara e Cadeia (1761), a Igreja de São Francisco de Paula (1761), o Chafariz Carioca (1772), o Largo do Chafariz (1778) e a Igreja da Boa Morte (1779).

A despeito da recessão das atividades mineradoras e do fracasso das tentativas de incrementar as sociedades mercantis, as transformações na base econômica regional apontam para a consolidação da Vila. E, malgrado as primeiras ideias sobre a mudança da capital mais para o norte, Vila Boa é elevada à categoria de cidade, em 1818, com o nome de Cidade de Goiás, firmando-se enquanto capital da Província.

A partir de então, o povoamento se intensifica graças à atividade agropastoril e à expansão das ferrovias, que facilitam o intercâmbio comercial com o sul. Segue-se, então, um período de remodelação dos imóveis residenciais urbanos que persiste, provavelmente, até inícios do século XIX, provocando a substituição de prédios setecentistas, arruinados pela ação do tempo, por edificações novas, mais amplas e sólidas. A técnica construtiva, entretanto, permanece semelhante a do século XVIII quando houve, de fato, uma especulação mais sistemática dos materiais disponíveis e suas possibilidades construtivas.

A transferência da capital do Estado para Goiânia (1937), a chegada da estrada de ferro a Anápolis (1935) e a programação de expansão agrícola pelo governo federal representam alguns dos condicionantes mais significativas dos primórdios do processo de modernização do Estado de Goiás.

As consequentes descaracterizações do patrimônio edificado induzem a uma primeira ação de tombamento da cidade que abrange igrejas, duas praças e os principais edifícios públicos.

A inauguração de Brasília, em 1960, significa mais um impulso modernizador para a cidade de Goiás. Também a proximidade com Goiânia, que se afirma cada vez mais como centro polarizador do centro-oeste, contribui para enfatizar esta tendência. As novidades trazidas, sobretudo, pelos jovens filhos de Goiás, que acorrem a Goiânia em busca de oportunidades de estudo e trabalho, vão aos poucos contaminando a pequena Goiás. Ainda, o aumento das migrações intra-regionais e as pressões, no sentido da transformação de uso dos espaços tradicionais, ameaçam desfigurar as características do patrimônio histórico.

Como consequência, em 1978, se dá a extensão do tombamento, que passa a conter, além de todo o legado histórico, a parte do sítio natural correspondente às origens da cidade.

Por seu valor histórico e sua autenticidade, a cidade de Goiás tornou-se um precioso testemunho da conquista do interior do país, merecendo figurar, a partir de 2001, na Lista do Patrimônio Mundial.

O Salvamento Emergencial

O Rio Vermelho nasce 17 quilômetros ao norte de Goiás Velho. Suas nascentes estão prejudicadas não mais pela mineração (que lhe deu o nome por causa da lama das lavras), mas pelo desmatamento, com erosões e assoreamentos que diminuem o volume de água na seca e causam enchentes no período das chuvas. Nesse contexto, no dia 31 de dezembro de 2001, uma enchente arrasou a área central da cidade de Goiás por 1,6 km ao longo das margens do Rio Vermelho deixou 184 imóveis destruídos total ou parcialmente pela ação das águas, 163 casas, 3 pontes e o monumento ao bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera.

O ápice da enchente ocorreu às 10h30 da manhã do dia 31. Assim como chegaram, de surpresa, as águas foram embora rapidamente. Por volta das 16 horas do mesmo dia 31 o rio já estava de volta ao leito.

Quando a água baixou pôde ver com detalhes o que tinha acontecido. A praça onde ficava a Cruz do Anhanguera, em frente à casa da poetisa Cora Coralina, era um buraco; o monumento ao bandeirante fundador da cidade havia desaparecido. Subindo a Rua D. Cândido Penso, rumo à Igreja do Rosário, fileiras de cinco casas de um lado e cinco de outro – entre elas, a de Cora Coralina, hoje Museu Casa de Cora – ainda jorravam a água estancada e ameaçavam desabar; do outro lado, na Rua Moretti Foggia, rumo à Praça do Coreto, mais uma dezena de casas estava na mesma situação – uma delas, o hoje Cine Teatro São Joaquim. Ao longo do rio a situação era a mesma.

Para o salvamento emergencial, inicialmente foi feita a limpeza das áreas afetadas e a remoção da lama. Em seguida, foi feito o escoramento dos imóveis que ameaçavam ruir. Depois, foram locados contêineres para o depósito dos entulhos, enquanto tentava-se encontrar esquadrias e outras peças que estavam em condições de reaproveitamento.

  • Salvamento Emergencial do Centro Histórico de Goiás

    Localização: Goiás Período de restauração: Janeiro/2002 e fevereiro/2002 Proteções existentes: Federal – Nº Processo:0345-T-42, Inscrição nº 073, Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, 18 de setembro de 1978. Monumento incluído na Lista do Patrimônio Mundial. Obras: Salvamento Emergencial Contratante: IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Superintendência de Goiás História da Cidade Em 1722, o filho de Bartolomeu Bueno, seguindo os passos do pai, adentra o sertão em busca de fontes auríferas. Quatro anos depois, comanda uma nova bandeira para o interior, fundando vários arraiais, entre os quais o da Barra, o do Ferreiro, o do Ouro Fino e o de Sant’Anna (1727), que viria ser a Cidade de Goiás. Abrindo caminhos e rechaçando índios, os desbravadores povoam uma imensa área, onde a atividade mineradora irá absorver todos os braços livres ou escravos. Resultam daí padrões arquitetônicos rústicos e percursos urbanos definidos em função do garimpo, da topografia e do caudal do rio. A delimitação dos primeiros lotes se dá a partir das datas minerais, concedidas aos mineradores e definidas pelos quintais que confrontam o rio. Em 1729, é erigido o primeiro edifício religioso do arraial, a Capela de Sant’Anna. Pouco tempo depois, é construída pelos negros a Igreja de Nossa Senhora do Rosário (1734), marcando-se o primeiro momento da estratificação social, vez que a Matriz é frequentada por brancos, ficando a Igreja do Rosário para o culto dos negros e mulatos. Embora resultasse impossível barrar os contatos entre Goiás e a bacia do São Francisco, advém uma fase de estabilização da atividade mineratória e a implantação de sistemas de exploração aurífera mais estáveis e eficazes. Impõe-se, então, a definição de um núcleo urbano, com condições mínimas para o abrigo da administração das Minas dos Goyazes. A Carta Régia de Goiás de 11 de fevereiro de 1736 se constitui, então, no documento que pretende ordenar a nova sede da superintendência. Com a vinda do Governador da Capitania de São Paulo foi necessário escolher, entre Sant’Anna e Meia-Ponte, o sítio mais adequado para a fixação da nova capital da comarca. A escolha recai sobre o Arraial de Sant’Anna que, elevado à categoria de vila, passa a se chamar Vila Boa dos Goyazes, por um lado, em obséquio a seu descobridor Bartolomeu Bueno e, por outro, em alusão aos índios Goyazes que habitavam o lugar. Nessa época, a persistência do contrabando do ouro e das lutas internas pelo poder leva o governo de São Paulo a solicitar, junto à coroa, a criação da Capitania de Goiás. Com o atendimento da reivindicação (1749), a situação nas minas se acalma, o contrabando decai e assiste-se ao apogeu do ouro goiano. Fazem-se erigir vários de seus mais importantes edifícios: o Palácio Conde dos Arcos (1751), o Quartel da Tropa de Linha (1751), a Casa de Fundição do Ouro (1750), a primeira Casa de Câmara e Cadeia (1761), a Igreja de São Francisco de Paula (1761), o Chafariz Carioca (1772), o Largo do Chafariz (1778) e a Igreja da Boa Morte (1779). A despeito da recessão das atividades mineradoras e do fracasso das tentativas de incrementar as sociedades mercantis, as transformações na base econômica regional apontam para a consolidação da Vila. E, malgrado as primeiras ideias sobre a mudança da capital mais para o norte, Vila Boa é elevada à categoria de cidade, em 1818, com o nome de Cidade de Goiás, firmando-se enquanto capital da Província. A partir de então, o povoamento se intensifica graças à atividade agropastoril e à expansão das ferrovias, que facilitam o intercâmbio comercial com o sul. Segue-se, então, um período de remodelação dos imóveis residenciais urbanos que persiste, provavelmente, até inícios do século XIX, provocando a substituição de prédios setecentistas, arruinados pela ação do tempo, por edificações novas, mais amplas e sólidas. A técnica construtiva, entretanto, permanece semelhante a do século XVIII quando houve, de fato, uma especulação mais sistemática dos materiais disponíveis e suas possibilidades construtivas. A transferência da capital do Estado para Goiânia (1937), a chegada da estrada de ferro a Anápolis (1935) e a programação de expansão agrícola pelo governo federal representam alguns dos condicionantes mais significativas dos primórdios do processo de modernização do Estado de Goiás. As consequentes descaracterizações do patrimônio edificado induzem a uma primeira ação de tombamento da cidade que abrange igrejas, duas praças e os principais edifícios públicos. A inauguração de Brasília, em 1960, significa mais um impulso modernizador para a cidade de Goiás. Também a proximidade com Goiânia, que se afirma cada vez mais como centro polarizador do centro-oeste, contribui para enfatizar esta tendência. As novidades trazidas, sobretudo, pelos jovens filhos de Goiás, que acorrem a Goiânia em busca de oportunidades de estudo e trabalho, vão aos poucos contaminando a pequena Goiás. Ainda, o aumento das migrações intra-regionais e as pressões, no sentido da transformação de uso dos espaços tradicionais, ameaçam desfigurar as características do patrimônio histórico. Como consequência, em 1978, se dá a extensão do tombamento, que passa a conter, além de todo o legado histórico, a parte do sítio natural correspondente às origens da cidade. Por seu valor histórico e sua autenticidade, a cidade de Goiás tornou-se um precioso testemunho da conquista do interior do país, merecendo figurar, a partir de 2001, na Lista do Patrimônio Mundial. O Salvamento Emergencial O Rio Vermelho nasce 17 quilômetros ao norte de Goiás Velho. Suas nascentes estão prejudicadas não mais pela mineração (que lhe deu o nome por causa da lama das lavras), mas pelo desmatamento, com erosões e assoreamentos que diminuem o volume de água na seca e causam enchentes no período das chuvas. Nesse contexto, no dia 31 de dezembro de 2001, uma enchente arrasou a área central da cidade de Goiás por 1,6 km ao longo das margens do Rio Vermelho deixou 184 imóveis destruídos total ou parcialmente pela ação das águas, 163 casas, 3 pontes e o monumento ao bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera. O ápice da enchente ocorreu às 10h30 da manhã do dia 31. Assim como chegaram, de surpresa, as águas foram embora rapidamente. Por volta das 16 horas do mesmo dia 31 o rio já estava de volta ao leito. Quando a água baixou pôde ver com detalhes o que tinha acontecido. A praça onde ficava a Cruz do Anhanguera, em frente à casa da poetisa Cora Coralina, era um buraco; o monumento ao bandeirante fundador da cidade havia desaparecido. Subindo a Rua D. Cândido Penso, rumo à Igreja do Rosário, fileiras de cinco casas de um lado e cinco de outro – entre elas, a de Cora Coralina, hoje Museu Casa de Cora – ainda jorravam a água estancada e ameaçavam desabar; do outro lado, na Rua Moretti Foggia, rumo à Praça do Coreto, mais uma dezena de casas estava na mesma situação – uma delas, o hoje Cine Teatro São Joaquim. Ao longo do rio a situação era a mesma. Para o salvamento emergencial, inicialmente foi feita a limpeza das áreas afetadas e a remoção da lama. Em seguida, foi feito o escoramento dos imóveis que ameaçavam ruir. Depois, foram locados contêineres para o depósito dos entulhos, enquanto tentava-se encontrar esquadrias e outras peças que estavam em condições de reaproveitamento.
  • Casa da Princesa

    Localização: Pilar de Goiás – GO Período de restauração: 2001 a 2002 Data de construção: Século XVIII Uso atual: Museu Área coberta: Aproximadamente 170 m² Proteções existentes: Monumento tombado através do Processo nº 427-T-50, inscrição nº 413, volume 1, fls. 79, no Livro de Belas Artes, em 20 de março de 1954. Propriedade: Paróquia de Pilar Obras de restauração: Arquitetônica e artística Contratante: IPHAN – Instituto do Patrimônio Artístico Nacional Histórico A Casa da Princesa, edificada em meados do século XVIII no apogeu da mineração, constitui um exemplar raro em Goiás de vivenda senhorial que mantém algumas de suas características originais. O sistema construtivo da edificação é em taipa de pilão com esteios em aroeira e alvenarias em adobe. A estrutura do telhado é de madeira lavrada e os alicerces de cinta ciclópica, feita com pedras aglomeradas. Segundo Luiz Palacin, “as gelosias das janelas poderiam ter uma influência árabe, bastante difundida no sul da península Ibérica. Corresponderia ao costume de isolar as mulheres no interior da casa, sem permitir-lhes sequer a presença na janela”. A Casa da Princesa, assim como outras da cidade, reproduz o mesmo partido arquitetônico em planta, com avarandados nas fachadas posteriores e nos detalhes construtivos, tais como: janelas com rótulas e beirais encachorrados. No caso particular da Casa da Princesa, os forros das duas salas da frente apresentam pinturas em que cenas de caça se misturam a outros temas florais. Esta casa passou por alterações e melhorias, em 1980 foi adaptada para desempenhar a função de Museu, a ser instalado em função do acervo em posse da comunidade local. Em 2001 começaram as obras de restauração do imóvel. A primeira fase da obra foi dedicada à restauração de bens artísticos, mais especificamente dos forros decorados das salas, portas e safenas da casa. Durante a segunda fase, as obras se concentraram na restauração arquitetônica. Os banheiros foram totalmente recuperados: após a demolição e remoção do revestimento, foram substituídas as instalações hidráulicas danificadas e foi assentado um novo revestimento. Constou ainda dessa fase da obra o reparo das pontas da cumeeira, do frechal e do piso de madeira, sem a substituição dos barrotes. Foi feita ainda a pintura geral das paredes, com tinta PVA, e das esquadrias. TODOS OS PORTFÓLIOS
  • Ponte do Carmo

    Localização: Pirenópolis – GO Período de restauração: Junho/2000 a outubro/2000 Data de construção: 1899 a 1903 Uso atual: Circulação Construtor: Sebastião Pompeu de Pina Proteções existentes: Tombado dentro do conjunto arquitetônico do Centro Histórico de Pirenópolis. Obras de restauração: Arquitetônica Características Gerais Construída, entre 1899 e 1903, pelo intendente Sebastião Pompeu de Pina, a ponte sobre o rio das Almas liga o centro da cidade de Pirenópolis ao bairro do Carmo. Essa ponte, que durante muito tempo emprestou o seu nome à cidade, foi reconstruída várias vezes, sendo que antes da restauração de 2000 possuía alicerces de pedra. O Projeto de Urbanismo e Paisagismo para as margens do rio das Almas próximas à ponte, desenvolvido entre maio de 1991 e maio de 1993, pela Fundação Pró-Memória, considerou a necessidade de manter os caminhos existentes, a paisagem e os planos naturais do terreno bem como a importância de recuperar as áreas degradadas. A ponte é assentada sobre quatro vãos, com distâncias entre pilares de 8,80 m, 11,0 m, 8,80 m e 8,80 m. Nas extremidades existem pilares com as funções de contenção e encabeçamento. Possui estrutura em madeiras de lei, sobretudo ipê e aroeira. Tendo em vista a importância da ponte para a cidade e o tráfico intenso que a atravessa, a referida restauração arquitetônica buscou tanto garantir as características históricas do monumento como dignificar a travessia de pedestres. Nesse sentido, foi introduzida uma passarela exclusiva para os transeuntes a pé e bloqueado o trânsito para os veículos de carga. TODOS OS PORTFÓLIOS
  • Igreja Matriz de Santana

    Localização: Cidade de Goiás – GO Período de restauração: Setembro/1996 a fevereiro/1997 (1ª etapa) | Novembro/1997 a fevereiro/1998 (2ª etapa) | Agosto/1998 a outubro/1998 (3ª etapa) Data de construção: 1743 Uso atual: Templo religioso Área coberta: 1.224,30m² Construtor: Manuel Antunes da Fonseca Proteções existentes: Federal – Inscrição nº 73, fls. 17, Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, Inscrição nº 463, fls. 78, Livro Histórico e Inscrição nº 529, fls. 97, Livro das Belas Artes em 18 de setembro de 1978. Estadual – Lei nº 8.915, de 13 de outubro de 1980. Obras de restauração: Arquitetônica Histórico O edifício apresenta elementos típicos do estilo neoclássico. A planta, que contém nave, presbitério, capela-mor, sacristia e duas capelas laterais, é formada por um retângulo ao qual se agrega, na parte posterior, uma rotunda semicircular. A nave é separada das capelas laterais por uma seqüência de pilares. A fachada principal é dotada de: dois frontões, sendo que o mais avançado possui um óculo central; quatro pilastras semi-embutidas no paramento da parede da fachada principal; uma porta almofadada de madeira; e quatro janelas metálicas, tipo basculante. Resumo das Obras 1ª Etapa Dessa fase da obra, constaram os trabalhos de demolição: de alvenarias de tijolos, pedra, e fundação; da estrutura de madeira da cobertura e do forro de isopor, além da remoção das esquadrias metálicas e das tubulações, caixas, quadros etc. Em seguida, foram executados reforços estruturais em: lajes das torres sineiras, vergas, ombreiras, peitoris, calhas, rufos, paredes de vedação, pilastras e colunas. Depois de restaurado todo o madeiramento do telhado, com reaproveitamento e/ou substituição de peças, foram refeitos: calhas, rufos, condutores, acessórios, caixas de passagem, e foi providenciado um novo entelhamento. O piso em ardósia foi recomposto, as paredes foram chapiscadas, emboçadas e rebocadas, e o forro ultracustico foi colocado, tendo como suporte uma nova estrutura metálica. Foram feitas ainda a pintura geral de paredes e esquadrias, a recomposição de parte do piso de ardósia e novas instalações elétricas, de iluminação, de som e de proteção e combate a incêndio. Foram colocadas novas portas metálicas. Fez parte também dessa etapa, a execução de cinco painéis para pintura da capela-mor e da escada helicoidal de acesso às torres. 2ª Etapa Constaram desta etapa, dentre outros, os serviços de: impermeabilização das paredes internas, execução do óculo da fachada e da porta metálica lateral, restauração e colocação de piso, instalações hidráulica e de esgoto na sacristia, colocação de vidros coloridos e de telas. 3ª Etapa Nesta etapa, dedicada sobretudo a reparos na parte externa do edifício, foram feitos serviços de: demolição do piso e a nova pavimentação, a execução de rampa e escada de concreto, a instalação de iluminação externa e dos sistemas de captação de águas pluviais e de saída de esgoto, a pintura da rampa e dos muros, reforço adicional de sustentação do forro acústico, obturação e limpeza das pedras aparentes das fundações etc. Devido às obras, foi necessário realizar alguns serviços na residência lateral, e também algumas adaptações na casa da Diocese, com o objetivo de ampliar a passagem lateral. TODOS OS PORTFÓLIOS
  • Museu de Arte Sacra da Boa Morte

    Localização: Cidade de Goiás – GO Período de restauração: Janeiro/1995 a maio/1996 Data de construção: Concluída em 1779 Uso atual: Museu Sacro Construtores: Militares Proteções existentes: Federal – Inscrição nº 356, fls. 72, Livro das Belas Artes, 13 de abril de 1950. Estadual: Lei nº 8.915, de 13 de outubro de 1980. Propriedade: Diocese de Goiás Obras de restauração: Arquitetônica e artística Contratante: Obras Sociais da Diocese de Goiás Características Gerais A fachada, que apresenta elementos característicos do barroco, possui quatro aberturas: uma porta central em madeira e três janelas sendo que a do meio possui um guarda-corpo guarnecido por balaústres de madeira recortada. As janelas possuem verga de arco abatido protegidas por cimalhas triangulares. A fachada possui ainda um frontão abatido com ornamentação barroca. O pavimento inferior, com planta em forma de um octógono irregular, abriga a nave, a capela-mor, uma sala e a sacristia, e o superior, com planta retangular, contém o consistório, o coro e mais uma sala. Com exceção das paredes dos altares laterais e do fechamento interno do coro, que são de adobe, as demais são em alvenaria de pedra, rebocadas e caiadas de branco. Os sinos são dispostos em uma estrutura de aroeira que, coberta com telha canal, se situa em um pequeno jardim separado da rua por um alto muro. TODOS OS PORTFÓLIOS